As marcas de erva-mate uruguaias, Cosentina e La Abuelita, começarão a vender produtos com cannabis sem o THC(tetraidrocanabinol), que produz os efeitos psicoativos e  chegarão às prateleiras das lojas no início de julho, após obter a autorização final do Ministério da Saúde Pública (MSP).

Erva Mate de Marca Consentina tem Erva Brasileira em sua Mistura

Erva Mate de Marca Consentina tem Erva Brasileira em sua Mistura

Uma das marcas, a Cosentina,  usa erva mate de origem Brasileira com maconha de origem uruguaia.

Em maio de 2017, a fabricante de marcas de erva-La Abuelita e Cosentina com “agregado de cannabis” teve que se retirar produtos do mercado, após o MSP advertiu que os produtos não têm a necessária autorização para ser comercializado.

Mais de um ano depois, ambos os produtos completaram o processo de habilitação e retornarão ao mercado. Pablo Riveiro, representante de ambas as marcas, disse ao Portal de Montevidéu nesta terça-feira que os produtos chegarão às gôndolas entre 2 e 6 de julho. A necessidade de introduzir algumas modificações nos pacotes atrasou a partida em alguns dias.

A Marca de Erva Mate Abuelita é a unica concorrente da Consentina

Riveiro ressaltou que a classificação final do portfólio mostra que os produtos estão “dentro dos regulamentos” estabelecidos pelo MSP.

Popularmente conhecida como “a lei da maconha”, a norma que regularizou o mercado do cannabis no Uruguai habilita três formas de acessar a droga para uso recreativo: o cultivo doméstico ou autocultivo com até seis plantas por residência, o cultivo cooperativo em clubes com até 99 plantas por clube, e a compra em farmácias.

O representante também lembrou que o produto não tem efeito psicoativo, uma vez que não contém THC (tetrahidrocanabinol). No entanto, fornecerá ao consumidor os “benefícios” do CBD (canabidiol), sem se tornar “cannabis medicinal”.

Desde que a liberação da erva com cannabis se tornou pública, a empresa recebeu várias consultas do Uruguai e do exterior. Por essa razão, Riveiro está confiante de que o mercado será bem recebido pelos uruguaios.

A produção de cannabis não psicoativa usada para a produção do produto levou em conta a demanda esperada, disse Riveiro, o que deixou em aberto a possibilidade de aumentar a produção caso o interesse dos consumidores cresça.